Maria Helena terapias energéticas e sistêmicas

TOMAR PAI E MÃE, UMA PRÁTICA DIÁRIA

Honrar, aceitar nossos pais tal como são é respeitar e nos comprometer com a vida que recebemos através deles.

Para as constelações familiares a forma como nos relacionamos com nossos pais reflete nossas ações na vida, nossa maneira de olhar o mundo. Pai e Mãe são homem e mulher, isso requer um olhar além da função pai e mãe, é continuidade de vida. Um olhar respeitoso, maduro ante os pais, deixando de lado as expectativas, a vida flui por meio deles.

Aceitar nossos pais significa aceitar tudo exatamente como foi, incluindo as cobranças, as alegrias, as tristezas. Os pais não nos dão somente a vida, nos dão um lar, todos os cuidados para crescermos. Hellinger destaca que devemos dizer a eles: “Recebi muito, e isso basta. Eu aceito para minha vida. O resto eu mesmo faço”. (Hellinger - No centro sentimos leveza)

Dito isto o filho se torna autônomo, segue pleno na vida, porque os pais foram respeitados. Além disso, tomar os pais é deixar de exigir deles comportamentos de super-heróis.

Podemos experimentar em nós os efeitos dessa aceitação imaginando que nos ajoelhamos diante de nosso pai e da nossa mãe, nos inclinamos profundamente até o chão, estendemos as mãos para frente, com as palmas para cima, e lhes dizemos: “Eu lhes presto uma homenagem”. Então nos levantamos, olhamos nos olhos do pai e da mãe e lhes agradecemos pelo presente da vida. Podendo dizer a eles: “Querido papai, querida mamãe, eu recebo a vida de você, tudo, a totalidade, com tudo o que ela envolve, pelo total que custou a você e que custa a mim. Vou fazer algo dela, para a sua alegria. Que não tenha sido em vão!” (Hellinger - No centro sentimos leveza)

Ao realizar esse ato de maneira humilde, sentindo-se pequeno diante dos pais, o filho sente paz, certo e completo. Lembre-se: você é 50% PAI e 50% MÃE.

Garriga escreve que nas profundezas da alma, ainda que o filho recuse seus pais, também se identifica com eles. E, quando não pode aceita-los e amá-los, tampouco consegue querer a si mesmo. (Joan Garriga - Onde estão as moedas)