As ordens do Amor ou leis sistêmicas exercem um papel fundamental no sistema familiar, onde todos estão ligados à sua família por um amor profundo. Diante disso, os filhos estão dispostos a se sacrificar na tentativa de ajudar os pais. Bert Hellinger enfatiza que: “Nenhum filho é capaz de preencher o vazio e a necessidade do pai e da mãe”. Frequentemente os filhos olham para seus pais e os percebem carentes como crianças. Quando um filho vê, ouve ou sente essa carência infantil dos pais, é levado a dizer estas palavras e a agir em consonância com elas: “Querida mamãe (querido papai), não fique triste, eu lhe dou o que você não recebeu de sua mãe ou de seu pai”. Jakob Schneider
Isso é fato. O vínculo de amor entre pais e filhos obedece a ordem da hierarquia. Porém o que não se pode esquecer é que pais são pais e filhos são filhos, respeitar a hierarquia e a função de cada um na família é fundamental para gerar movimento de vida. Se diante de um sofrimento ou problema do pai ou da mãe o filho por “amor” que é tão forte que cega, queira resolver, ajudar ou diminuir esse sofrimento, ele se sentirá maior que seus pais, gerando desordem, conflitos, doenças na sua vida, perde a força para seguir seu caminho.
Os pais vieram antes. E, você como filho não conhece ou pouco sabe da história de ambos antes de você nascer. Eles são grandes, sabem e conseguem resolver os seus problemas. Na prática, problemas de adultos, adultos resolvem. Simples assim. Jakob Schneider em seu livro A Prática das Constelações Familiares, que, para o filho assumir sua postura de criança diante de seus pais deve dizer: “Você é grande, eu sou pequena, você é a mãe/pai, eu sou a criança, você dá, eu recebo.”
Caso os pais precisem de ajuda em situação de doença ou outro fator que os impede de cuidar-se, devem receber auxílio sim, porém o filho deve ajudar no lugar de filho, sendo pequeno, sem dó, ou querer mudar algo deles, mas com o respeito de que eles dão conta da sua vida.
Sabe-se que essa atitude dos filhos quando criança é inconsciente e pensando em fazer o bem para os pais, já na idade adulta quando o filho dá palpites na vida dos pais geralmente é por ego, sente-se melhor do que eles. Na relação familiar os pais doam e os filhos recebem, isso basta.
E você, está no seu lugar? As constelações familiares possibilitam olhar para a questão.
Maria Helena Vincenzi – Pedagoga, mestre em Educação, Arteterapeuta, Consteladora Sistêmica Familiar, Mestre Reiki, Terapeuta Holística. CRTH-BR 8017 ABRATH
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